segunda-feira, 11 de agosto de 2008

:: Motormama ::

MOTORMAMA
(de Ribeirão Preto/SP)

Aê povo! Hoje destacamos uma das bandas mais bacanas do interior de São Paulo, nossos amigos do Motormama, que quebraram tudo num dos melhores shows do Groselha Fuzz do ano passado (longa matéria-gonzo sobre o festival AQUI). Postamos aí embaixo os 2 álbuns oficiais deles - "A Legítima Companhia Fantasma" e "Carne de Pescoço" - com permissão da banda. O Régis Martins, guitarra e voz, ainda nos concedeu uma !!!entrevista excrusiva!!! e topou participar do projeto "Sons de Estimação", mandando bem na seleção das 15 musiquetas que marcaram seu percurso musical. O texto abaixo saiu originalmente no midsummer madness.

O Motormama nasceu das cinzas do Motorcycle Mama, banda das primeiras gerações do independente brasileiro pós Juntatribo, contemporânea de Raimundos, Paulo Francis Vai Pro Céu, Maskavo Roots e tantas outras que pipocaram no cenário brasileiro no início dos anos 90, mantendo os radicalismos intrumentais e acrescentando português às letras. O MM adicionava country ao garage rock descendente de Man or Astroman?! que faziam, inserindo violas em letras sobre trekkers. O grupo chegou a participar em 1996 da coletânea Brasil Compacto (Rock It!). Deu em nada…

Do power trio original ficaram Régis Martins e Joca, que depois de uma parada estratégica, resolveram retomar os trabalhos no final de 1999. O som da nova empreitada, o Motormama, pode ser considerado um cruzamento entre Mutantes, Neil Young e altas doses de caipiragem e psicodelia. Um CD demo lançado em 2000 Mestiço Rock ‘n’Roll (mm55 midsummer madness) ganhou destaque na mídia especializada e foi relançado em 2001 pelo mm. Em 2002 a banda fez vários shows pelo país, como Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, com destaque no festival Bananada de Goiânia.

Em 2003 a banda lançou o CD Carne de Pescoço com treze músicas. O disco, gravado entre 2001 e 2002 em Ribeirão Preto, foi lançado pelo selo da banda Kaskavel Musik e distribuído pelo midsummer madness.

Na ocasião do lançamento, a revista Zero escreveu: “Banda sensacional de Ribeirão Preto (SP), o Motormama não tem medo dos agrobóis e destila o fino do rock, com instrumental contundente e letras certeiras. (…) Logo na abertura “Adeus Maluco”, o vocal hipnotizante de Gisele Z. é matador, assim como o solo cortante de guitarra que pega de surpresa. As programações eletrônicas colocadas sob medida deixam a faixa ainda mais irresistível. Um teclado de churrascaria dita o ritmo em “Rota Caipira (Anhanguera Folk Song)” e uma guitarra contida e imersa em distorção aparece em “Cosmorama”. Destacam-se ainda a folk “Sujeito Honesto”, o bluegrass “Mercado de Pulgas”, o power pop de “Me enterrem em Assunción” e o rockabilly “Saliva Quente”. Dos infernos.”

Em 2006 o Motormama lança seu 2º disco, A Legítima Cia Fantasma, um lançamento conjunto da banda, do selo midsummer madness e do selo Pisces Records, de Bauru. Régis Martins (guitarra, violão e voz), Joca (baixo, programação e voz), Gustavo Acrani (teclados), Gisele Z. (vocais) e Ricardo Noryo (bateria) trazem mais 14 músicas unindo o country à la Stills, Nash & Young com a barulheira de um Pixies.

Em março de 2007 o tecladista Gustavo Acrani lançou um livro de bang-bang intitulado Bandida! para provar que o faoreste corre nas veias do Motormama.


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ENTREVISTA EXCLUSIVA
por Bernardo Santana

- Apresente o Motormama pra quem nunca ouviu vocês.
Grupo representante do melhor rock psicodélico caipira já feito no país nascido em 1999 em Ribeirão Preto e com dois CDs gravados: “Carne de Pescoço” e “A Legítima Cia. Fantasma”. Além de dois Eps: “Mestiço” e “Rua Aurora”, este último lançado este ano de forma virtual.

- Agora reapresente o Motormama pra quem já ouviu no começo e perdeu contato com o som da banda.
Meus amigos, continuamos fiéis aos nossos princípios de fazer uma música autoral, divertida e 100% brazuca. Pobres, porém honestos.

- Quais suas influências hoje? Elas mudaram muito desde que começaram a tocar?
Nossas influências não mudam nunca. Gostamos de velharias como Beatles, Mutantes, Led Zeppelin, Odair José, Kraftwerk e Tião Carreiro. E os clássicos, vocês sabem, são eternos.

- O que é ser uma banda independente no interior?
É o equivalente a ser um leproso num baile de debutantes.

- O que mudou desde o tempo que vocês começaram no cenário independente?
É muito melhor ter uma banda hoje do que há dez anos por causa da internet e de várias ferramentas tecnológicas que facilitam o contato direto com o ouvinte. Mas o circuito independente de shows continua deficiente e volátil. São Paulo ainda é o centro de tudo e no interior a atividade de “produtor” é rara e amadora. Profissionalização já.

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DOWNLOADS:
(álbuns completos)

"A Legítima Companhia Fantasma" (57 MB)
http://www.mediafire.com/?zkzaypeujog

"Carne de Pescoço" (54 MB)
http://www.mediafire.com/?i5zuvbr05rn

site oficial *** myspace

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