terça-feira, 7 de junho de 2011

<<< McKenna for Dummies >>>

A primeira definição que me ocorre para esta criatura indefinível que foi Terence McKenna (1946-2000) é esta: o cara é a mais arrojada encarnação no cenário intelectual da Contracultura Psicodélica Hippie que nasceu nos anos 60. Claro que Timothy Leary fez mais barulho, que Ken Kesey escreveu um livro mais clássico e que na música houveram muitos inovadores radicais (penso especialmente em Hendrix) que causaram muito mais impacto popular do que ele. Mas quando a "onda" é uma reflexão abissalmente profunda sobre a Experiência Psicodélica, os malefícios do Capitalismo Consumista e a necessidade premente de uma Revolução Percepcional que coloque nossas mentes sob nosso controle, descondicionando-a dos ditados de governos pastores e publicitários, poucos chegaram perto do que expressou McKenna.

Célebre comedor-de-cogumelos e explorador de selvas amazônicas e shaman ayahuasqueiro e cosmonauta da galáxia da mente, dentre outras viagens menos verbalizáveis, Terence McKenna conseguiu sintetizar um vasto conhecimento nas áreas de antropologia, botânica, evolucionismo, ufologia, física quântica, xamanismo, artes plásticas, misticismo oriental, literatura de vanguarda e o caralho a quatro - e punha tudo a serviço de uma das mais radicais críticas-criativas dos "tiranos" de nosso tempo (e de nossa mente).

O Alimento dos Deuses (The Food of The Gods), talvez o livro mais clássico que ele escreveu, está na  minha seleta lista de obras fundamentais para quem se interessa pela problemática das drogas numa perspectiva mais ampla: não somente em relação à guerra entre o proibicionismo-repressor Estatal e os usuários lutando por descriminalização e liberdades de uso, expressão e culto (temática tão em voga com o lançamento dos documentários Cortina de Fumaça e Quebrando o Tabu e as várias Marchas da Maconha acontecendo pela América Latina afora), mas também na perspectiva do papel que as substâncias alteradoras da consciência jogaram no decurso da evolução biológica e social humana e dos magníficos potenciais que possuem para nos fazer enxergar o Universo, a sociedade e as relações humanas com novos olhos.
<<< download do e-book (em inglês) >>>

Abaixo, alguns vídeos ótimos para começar a explorar o Universo McKenna, com a transcrição de alguns de nossos trechos prediletos. Confira e dissemine!


"You don't have to be a victim of your culture

What's wrong with the operating system that we have, Consumer Capitalism 5.8 or whatever? It's dumb, it's retro, it's very non-competitive, it's messy, it wastes the environment, it wastes human resources, its inneficient, it runs on stereotypes, it runs on slow-sampling rates, makes everyone think they're alike when the glory is in everyone's difference...

The current operating system is flawed. It actually has bugs in it that generates contradictions.  We're cutting the earth from beneath our own feet. We're poisoning the atmosfere that we breathe. This is not inteliggent behaviour. This is a culture with a bug in it's operating system that is causing erratic dysfuncional, mal-funciotioning behavior. Time to call the tech. And who is the tech? The shamans are the techs!"




"What's really important is the FELT PRESENCE OF DIRECT EXPERIENCE. We have to stop CONSUMING our culture. We have to CREATE culture. DON’T watch TV, DON’T read magazines, don’t even listen to NPR. Create your OWN roadshow. The nexus of space and time where you are — NOW — is the most immediate sector of your universe. And if you’re worrying about Michael Jackson or Bill Clinton or somebody else, then you are disempowered. You’re giving it all away to ICONS. Icons which are maintained by an electronic media so that, you want to dress like X or have lips like Y… This is shit-brained, this kind of thinking. That is all cultural diversion. What is real is you, and your friends, your associations, your highs, your orgasms, your hopes, your plans, your fears. And, we are told No, you’re unimportant, you’re peripheral — get a degree, get a job, get a this, get that, and then you’re a player. You don’t even want to play that game. You want to reclaim your mind and get it out of the hands of the cultural engineers who want to turn you into a half-baked moron consuming all this trash that’s being manufactured out of the bones of a dying world."


"Inform yourself. Transcend and distrust ideologies. Go for direct experience. "

Nenhum comentário: